22.9.10

Crise dos 8 meses, crise de angustia ou crise da separaçao...


Nao importa o nome, em algum momento, o bb vai passar por isso. Seja por 1 dia ( como aconteceu com a filha de uma amiga), seja por um ou 2 meses...
Eles se dao conta que sao individuos... separados de nos... enato,
De repente vc nao pode mais sair da frente deles... o desespero toma conta, o choro é desesperador, como se o mundo fosse acabar naquele momento ... e quando eles nos veem de novo é nitida a sensaçao de alivio. Os bracinhos se levantam e eles imploram por colo... no colo vc sente aquela necessidade de contato, de um abraço mais apertado e segundos depois ja estao se debruçando para brincar...
Acordam a noite pela necessidade de nos ver...e vendo voltam a dormir....(alias tem noites que acordam muito!!! heheh)
Estranham a todos, mesmo que antes iam no colo de todo mundo.. agora somos so nos... o tempo todo.. as vezes nem o pai serve... tem de ser a mae...
mas faz parte do pacote de ser mae nao é? e sentir que estamos deixando nossos filhos seguros e confiantes de que estamos ali, nao importa o que aconteça os fara crescer da mesma forma, acreditando que nao estao sos, mesmo que nao possam nos ver...
esse é nosso papel nesta fase, ensina-los a confiar no que ano podem ver, confiar que estamos ali, mesmo que os olhos os enganem... e aos poucos eles começam a ter a permanencia do objeto e ai tudo fica mais facil...
é uma fase... e passa... rapido ou mais demorado, passa...
A Lena esta nesta fase... faz algum tempo, acho que desde os 6 meses e meio, mas consigo ver que aos poucos esta passando.. ja consigo ir a cozinha e deixa-la na sala.. vou ao banheiro e ela fica no quarto.. mas por alguns minutinhos ainda...porem ja é muito comparado a antes que se eu saisse do quarto o desespero era tanto que parecia faltar o ar.. srsr
aqui um texto que explica melhor...
enquanto nao passa: paciencia, paciencia, paciencia....

As separações e a crise dos oito meses
Tradução de um trecho do capítulo O Choro e as Separações do livro The Science of Parenting de Margot Sunderland.
Quando o bebê chega aos seis ou oito meses de idade, começa a operar a angústia da separação que, geralmente, continua a se manifestar de uma forma ou outra até os cinco anos. Em breve o bebê começa a sentir pânico quando não vê sua mãe. É preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. A mãe é o seu mundo, é tudo para o bebê, representa sua segurança.
Um pouco de compreensão
O bebê não está “chatinho” nem “grudento”. O sistema de angústia da separação, localizado no cérebro inferior está geneticamente programado para ser hipersensível. Nos primeiros estágios da evolução era muito perigoso que o bebê estivesse longe da sua mãe e, se não chorasse para alertar seus pais do seu paradeiro, não conseguiria sobreviver. O desenvolvimento dos lóbulos frontais inibe naturalmente esse sistema e, como adultos, aprendemos a controlá-lo com distrações cognitivas.
Se você não está, como ele sabe que você não foi embora para sempre?
Você não pode explicar que vai voltar logo, porque os centros verbais do seu cérebro ainda não funcionam. Quando ele aprender a engatinhar, deixe-o segui-la por todas as partes. Sim, até ao banheiro.
Livrar-se dele ou deixá-lo no cercadinho não só é muito cruel, também pode produzir efeitos adversos permanentes. Ele pode sentir pânico, o que significa um aumento importante e perigoso das substâncias estressantes no seu cérebro.Isso pode resultar em uma hipersensibilização do seu sistema de medo, o que lhe afetará na sua vida adulta, causando fobias, obsessões ou comportamentos de isolamento temeroso. Pouco a pouco, ele vai sentir-se mais seguro da sua presença na casa, principalmente quando comece a falar.
A separação aflige as crianças tanto quanto a dor física
Quando o bebê sofre pela ausência dos seus pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas que quando sofre uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é idêntica à linguagem da dor. Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte no joelho e não consolar as dores emocionais, como a angústia da separação. Mas, tristemente, é isso o que fazem muitos pais. Não conseguem aceitar que a dor emocional de seu filho é tão real como a física. Essa é uma verdade neurobiológica que todos deveríamos respeitar.
Às vezes, impulsamos nossos filhos a ser independentes antes do tempo
Nossas decisões como pais podem empurrar nossos filhos a uma separação prematura. Um exemplo seria enviá-los a um internato (1) pequenos demais. As crianças de oito anos ainda podem ser hipersensíveis à angústia da separação e ter muita dificuldade em passar longos períodos de tempo longe dos seus pais. Sua dor emocional deve ser levada a sério. O Sistema GABA do cérebro é sensível âs mais sensíveis mudanças do seu entorno, como a separação de seus pais. Estudos relacionam a separação a pouca idade com alterações desse sistema anti-ansiedade.
As separações de curto prazo são prejudiciais
Alguns estudos detectaram alterações a longo prazo do eixo HPA do cérebro infantil devido a separações curtas, quando a criança fica aos cuidados de uma pessoa desconhecida. Esse sistema de resposta ao estresse é fundamental para nossa capacidade de enfrentar bem o estresse na vida adulta. É muito vulnerável aos efeitos adversos do estresse prematuro. Os estudos com mamíferos superiores revelam que os bebês separados de suas mães deixam de chorar para entrar num estado depressivo.Param de brincar com os amigos e ignoram os objetos do quarto. À hora de dormir há mais choro e agitação. Se a separação continuava, o estado de auto-absorção do filho se agravava e lhe conduzia à letargia e a uma depressão mais profunda.
Pesquisas realizadas nos anos setenta demonstraram que alguns bebês cuidados por pessoas desconhecidas durante vários dias entravam em um estado de luto sofriam de um trauma que continuava a afligir-lhes anos depois. Os bebês estudados estavam sob os cuidados de adultos bem intencionados ou em creches residenciais durante alguns dias. Seus pais iam visitá-los, mas basicamente, estavam em mãos de adultos que eles não conheciam.
Um menino que se viu separado de sua mãe durante onze dias deixou de comer, chorava sem parar e se jogava ao chão desesperado. Passados seis anos, ele ainda estava ressentido com sua mãe. Os pesquisadores observaram a inúmeras crianças que haviam sido separadas de seus pais durante vários dias e se encontravam em estado de ansiedade permanente. Muitos passavam horas imóveis, olhando a porta pela qual havia saído sua mãe. Aquele estudo, em grande parte gravado em filme, mudou no mundo inteiro a atitude em relação às crianças que visitam suas mães no hospital.
Mas, não é bom o estresse?
Algumas pessoas justificam sua decisão de deixar o bebê desconsolado como uma forma de “inoculação de estresse”. O que significa apresentar ao bebê situações moderadamente estressantes para que aprenda a lidar com a tensão. Aqueles que afirmam que os bebês que choram por um prolongado período de tempo só sofre um estresse moderado estão enganando a si mesmos.

5 comentários:

  1. Oi Dani, estava falando sobre esse assunto ontem com meu marido, fui visitar parentes e deixei o Rodrigo com minha avó em outro comodo, logo ele percebeu que eu não estava presente, começou a procurar e fazer cara de choro, logo que me viu abriu o sorriso.

    Bjs

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  2. Dani,
    Aqui está ficando cada vez mais comum, colocar o bebê em uma escolinha já com 3, 4 meses - mesmo que a licença maternidade tenha aumentado.

    E será que fazendo isso, digo, se "separando" do bebê antes dele passar por essa fase ajuda ou só atrapalha mais?

    Bjos, Jú

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  3. Interessante,neh? Fico muito feliz em saber que voce pesquisa e se dedica em buscar respostas as necessidades de sua pequena!Parabens!Pode ter certeza que isso fara toda a diferenca na vida adulta dela!
    Beijos,querida!

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  4. Dani, tudo bom?
    Queria saber qual é o gadget que você usa para o "O QUE JA FOI MIADO AQUI..." ai na lateral do seu blog. Queria colocar os assuntos do meu blog dessa forma também.

    Bjinhos!

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  5. Oi Dani tô de volta e dessa vez venho acompanhada rsrsr, acompanhada da Manu minha gatinha, ela está com 5 meses postei fotinho, a sua gatinha como está?
    bj

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